terça-feira, 26 de maio de 2009

O rádio em seu limite

Ao longo da sua história centenária, o rádio incita o imaginário. Sendo um veículo "de tempo real", quando as informações são atualizadas a todo instante, permite ainda que os profissionais da área trabalhem especificamente com a descrição. De linguagem característica, concisa, para não se tornar cansativo, e simples, tendo em vista ser uma mídia tão popular e abragente. Com a invenção da televisão na década de 50, foi instituído o fim do rádio. Os conceitos mudariam e seria muito mais atraente estar informado com imagens, e ainda era moderno. 

Como se percebe, o rádio não acabou, incorporou a portabilidade e ainda a sua revitalização. A inovação tecnólogica fica cada vez mais rápida e há de se modernizar para não perder determinados públicos. Visando não ficar para trás, o meio de comunicação em questão passou a estar disponível também na internet. O espaço físico dessa mídia é limitado e não há possilibidade de nova estruturação. A internet possibilitou então que muitas rádios agora entrassem no ar. O "benefício" de qualquer pessoa poder ter seu próprio espaço de mídia sem sair de casa, seja rádio, televisão, site, blog, (na minha opinião) banaliza o poder de comunicação. Mas isso já é outro assunto.

O ponto principal atualmente é a consequente modernidade, sem limites. Alguns estudos preveem que os rádios, de carros, celulares, poderão contar com telas. Com imagens e rápidas informações de texto. Mas, rádio não é voz? Sim, rádio é voz. E esse é o seu limite. O homem não consegue enxergar os limites de seus produtos (e nem os seus próprios). O princípio do rádio é a voz, o imaginário, a descrição, e ele não passa disso. Se passar, perde sua essência. Uma das maiores dificuldades do mundo moderno é não ver limites. Eles existem sim. Há de se desenvolver todos os produtos ao seu máximo, mas não pode se esquecer das suas características fundamentais. Não se pode insistir em algo que ultrapassa o seu objetivo; no caso do rádio? Poder ser escutado até de olhos fechados e em qualquer situação. O limites são invisíveis, mas podem e devem ser notados. 

Brunna

Um comentário:

  1. É isso aí mesmo Brunna!
    Sabes muito bem o quanto ainda gosto de escutar rádio,principalmente viajando.
    Antena Um,Gaúcha,Guaíba,Continental..
    Valeu.Abraços do pai.

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