segunda-feira, 27 de abril de 2009

A Arte de Fazer um Jornal Semestral

Na cadeira de Laboratório de Jornalismo estamos, nas últimas semanas, produzindo o nosso jornalzinho, o Lab. Faço parte da editoria de Polícia com mais quatro colegas. Não sei bem como fui parar lá. Ok, eu escolhi a seção, mas não sei bem por que.

Logo no primeiro dia, discutimos as possíveis pautas e quem seriam os responsáveis por desenvolvê-las. Tínhamos que ter o cuidado para não escolhermos assuntos datados. Eu e a Sarah resolvemos escrever sobre as mulheres da Brigada Militar. Através de ‘contatos especiais’ da Sarah, entrevistamos duas integrantes da Comunicação Social da Brigada Militar. Uma já e formada em jornalismo, a outra faz o curso na Famecos.

Tentamos descobrir como é conciliar as duas profissões, quais os conflitos que enfrentam e a experiência de trabalhar num setor com rigidez militar como a BM. As duas mostraram visões diferentes, o que tornou nossa matéria mais interessante. Aproveitamos o assunto e também fizemos uma matéria sobre a Comunicação Social da BM. Como funciona, quais áreas compõem o setor e qual o canal de contato da BM com a população.

Certamente o mais difícil foi cortar o texto até que se encaixesse no número de caracteres exigidos. Deve-se conformar que nem tudo o que se queria dizer na matéria será publicado e aprender a abrir mão de partes do texto.

Sem nos preocuparmos como isso inicialmente, nosso texto principal estava com mais do que o dobro permitido. Apaga daqui, apaga dali e apaga mais um tanto, pronto. Quem ler provavelmente não vai notar qual terá sido o desafio em escrever aquela simples matéria.

Objetividade, texto sem firulas. Nada de criar “vínculos afetivos” com a matéria produzida. São lições que aprendemos à força.

Laura

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Economia? Ahn?

Há quase um mês atrás, quando nossa turma foi dividida nas editorias propostas (Geral, Mundo, Esportes, Cultura, Economia, Polícia, Política, entre outros), pretendia escrever para alguma que eu já tinha conhecimento/interesse. Cheguei atrasada, e a distruibuição já havia iniciado. As editorias de Polícia, Economia e (estranhamente) Esportes estava faltando gente, enquanto Cultura sobrava. Meu objetivo inicial era escrever sobre esportes. Nunca gostei de economia, e ao ler o jornal, *momento confissão* sempre pulei essa parte. Mas aceitei o "desafio" e resolvi entrar pra esta editoria.

Como ninguém do grupo entendia muito, nem tinhamos noção dos assuntos. Pesquisamos um pouco na internet e tentamos delinear alguns tópicos. No começo foi complicado pela falta de noção e parecia que não iríamos sair daquilo.

Na aula seguinte, nos reunimos e conversamos, a fim de expor ideias. Surgiram assuntos e definimos os temas: a Crise iniciada nos EUA e que atingiu o resto do mundo; uma entrevista com economista premiado no Forúm da Liberdade ocorrido na PUC semanas antes; Desenvolvimento sustentável na publicidade e o Brasil como credor do FMI. Esse último assunto foi o selecionado para mim. Fiquei meio assustada porque nem sabia dessa notícia (!!).

Na mesma manhã que selecionamos o meu tema, já tinha que começar a escrever. Comecei a procurar as últimas notícias publicadas em sites de jornais conhecidos, como Zero Hora e Folha de São Paulo, e alguns blogs. As informações não variaram muito. Tendo essa base, já fui escrevendo. Não sou familiarizada com termos econômicos, mas dependendo do site, deu pra entender exatamente a intenção, o assunto e a notícia em si. Claro que alguns sites utilizam termos mais técnicos, mas como iniciante, procurei me deter nas informações básicas e claras.

Escrever o texto em si não foi difícil. Foi muito mais simples do que eu imaginei ao entrar para a editoria de Economia. O mais complicado, na verdade, foi o uso do Mac. (!!!) Não tendo contato diário com os computadores da Apple, ás vezes me atrapalho com sua estrutura. É legal ter acesso a outro tipo de software, mas prefiro o meu Windows. (XP, porque o Vista Stater... Ainda bem que já saiu do meu notebook Podre..Positivo)

A matéria está quase pronta. Meu espaço é de 1500 caracteres, mas como sempre, o meu texto escrito ficou maior do que o esperado. Preciso cortar uns 1000! Não sei resumir. Pra mim todos os fatos são importantes e deixá-los mais sucintos. Esse sim torna-se o meu real desafio nesse primeiro semestre de Famecos. Não só nessa aula, mas em todas, pretendo aprender como escrever com mais objetividade.
Quando a matéria estiver finalizada, posto aqui.

Brunna

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mudanças À Vista

Já falamos aqui sobre o avanço da Internet como veículo de informação e as consequências deste crescimento no jornal impresso.

Os principais jornais diminuem seus números de circulação, perdem cada vez mais assinantes e sofrem com a falta de interesse das camadas mais jovens. Não é à toá que com a crise enfrentada pelo jornal, muitas publicações invistam no conteúdo da Internet ou migrem definitivamente para esse meio, existindo apenas em telas de computadores.

Cabe à maioria dos jornais que sobrevive no papel, achar modos e formas de renovar a imagem e seu conteúdo. Uma novo jeito de se fazer jornal terá que surgir para conseguir manter-se interessante.

A Folha de São Paulo, pensando nesse sentido, iniciou um novo ciclo editorial com mudanças na abordagem dos assuntos e na importância de seus colunistas. O jornal tem a intenção de se tornar mais um espaço de análise e opinião do que de simples informações.

Neste artigo publicado no site Observatório da Imprensa, há explicações mais completas sobre as alterações prentendidas pelo Grupo Folha.
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=526IMQ008

Laura

quarta-feira, 1 de abril de 2009

''A imprensa escrita sobreviverá''

O Estado de São Paulo, 31/03/09

''A imprensa escrita sobreviverá''

O cientista político e sociólogo Fernando Lattman-Weltman, da Fundação Getúlio Vargas, afirmou ontem que a imprensa escrita sobreviverá à revolução da internet se souber aproveitar o que chamou de "grande capital político" da mídia impressa: a credibilidade e o prestígio, menores nos meios digitais. Ao participar do seminário "O Jornal de Amanhã", promovido pelo Centro de Pesquisa e Documentação da FGV, o pesquisador declarou tender a achar que, como toda revolução tecnológica da história da imprensa nos últimos 250 anos, a mudança implica, ao lado dos riscos, oportunidades, mas reconheceu que a forma atual dos jornais poderá mudar. O encontro teve a participação do diretor de conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, e dos diretores de redação de O Globo, Rodolfo Fernandes, e de O Dia, Alexandre Freeland.

"Acho que, se a imprensa escrita souber valorizar, reforçar e capitalizar as suas propriedades distintivas, ou, como se diz em economia, as suas vantagens comparativas, tem condição de sobreviver a essa mudança", disse o pesquisador. "Pode ser que a forma do jornal vá mudar. A gente vai ler um jornal que será uma folha eletrônica, que a gente leva para onde quiser, leva para o café, para a praia, mas estará lá a mesma palavra impressa, escrita, com credibilidade, com prestígio."

Lattman-Weltman afirmou considerar difícil que a internet possa competir com a mídia impressa tradicional - que tem perdido público para os meios digitais -, no campo da informação com credibilidade. "Porque uma das grandes vantagens da internet é exatamente ela ser aberta e porosa a todo tipo de coisa", explicou. "Por isso mesmo, ela é a Casa da Mãe Joana: escreve todo mundo na internet, escreve o que quiser e inclusive dizendo que é outra pessoa ou vice-versa." O pesquisador disse que o fato de a imprensa escrita, por restrições de espaço, precisar ser mais seletiva, submetendo as informações ao processo de escolha e edição, ajuda a reforçar o seu prestígio.

"Isso dá ao veículo, evidentemente, um caráter muito mais elitista mas ao mesmo tempo dá credibilidade. Ou seja, quem publicou no jornal, quem publicou na revista, é porque tem o aval do veículo e portanto tem credibilidade", declarou.

Laura